sexta-feira, 17 de março de 2017

[Resenha] Novembro, 9 - Colleen Hoover

Oi gente, tudo bem?
Ano passado um dos últimos e melhores livros que eu li foi Novembro, 9 da Colleen Hoover. Minhas expectativas estavam no auge, pois já sei que com a autora o "clímax" vai além do que a gente pensa.

Título: Novembro, 9
Autora: Colleen Hoover
Editora: Galera Record
Páginas: 352
ISBN: 9788501076250


Fallon é uma garota de 18 anos que aos 16, em um incêndio na casa de seu pai, teve metade do corpo queimado. Ela quase morreu, mas a carreira de atriz que ela tinha em Los Angeles foi por água abaixo. Ela sempre culpou o pai pelo acidente, que se responsabilizou, mas trata tanto a situação quanto a filha de forma desdenhosa.


Quando Fallon decide tomar um rumo na vida, no aniversário do acidente, 9 de novembro, ela se encontra com o pai em um restaurante para dizer que vai buscar seus sonhos em NY. Ele a trata da pior maneira possível e um garoto que estava sentado por ali escutando tudo fica perplexo e resolve fingir que é o namorado de Fallon, para a surpresa dela e do pai. A partir daí, os dois desenvolvem uma ligação típica de clichês, mas que vamos descobrir que é muito além disso. Eles prometem se encontrar todo 9 de novembro pelos próximos 5 anos, porém sem manter contato algum um com o outro. Ben, o escritor e intrometedor de conversas, estará escrevendo o livro da história deles e Fallon correndo atrás de testes. Mas a vida não é tão perfeita a ponto de deixar tudo correr do jeito que eles planejaram e claro que uma paixão já nasce ali.
A história é dividida em seis novembros, intercalando o ponto de vista do Ben e da Fallon. Pode-se achar a ideia parecida com Um Dia do David Nicholls, porém eles não mantém nenhum contato e a razão parte da mãe da Fallon.

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Foto: (@lea.suero) "Você nunca poderá se encontrar se estiver perdido em outra pessoa"
Como ela se separou do pai da menina muito nova, ela acredita que entre os 16 e 23 anos são os anos onde as mulheres estão se descobrindo e aprendendo a amar a si mesmas. Fallon confia na mãe e leva isso muito a risca, contudo do mesmo modo que ela "se encontra", ela e Ben vão sofrer consequências.
A escrita da Colleen é maravilhosa, foi impossível soltar o livro e o desenrolar da história se deu de uma forma que me deixou mais encantada pela autora. Nunca consigo adivinhar os mistérios que ela guarda para o final, mas quem é esperto pode logo desvendar a carta que a Senhora Hoover tem na manga.
Não é só um livro de amor, mas também de relações familiares e o quanto isso influencia em peso nas nossas vidas. Ben e Fallon conquistaram meu coração. Eles não são o casal perfeito, estão longe disso, a mocinha esplêndida e o protagonista galã. Eles são maravilhosos com suas imperfeições, sem esse padrão de que todos são bonitos e magros. Cada um com suas razões do porquê essa data no calendário ser tão importante, e quando juntam esse quebra cabeça eu tenho certeza: não sei mais opinar sobre um livor preferido dessa mulher. Apaixonados por romance, palavras e com saudades do Will de Métrica, leiam esse livro! 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Chuva azul-lilás

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E de repente as coisas começam a acontecer sem que você tenha um controle sobre. Você não pode controlar o dia amanhecer, as flores desabrocharem, um passarinho aprender a voar sozinho ou a escolha de uma pessoa na vida. Você não pode controlar a chuva cair... uma pena. Porque eu a faria cair 365 dias no ano para ter dias como esse...


Meio dia, hora de ir. A chuva começa e o tumulto toma conta do edifício. Já se passaram alguns minutos, pessoas frenéticas querendo chegar em casa mais cedo para almoçar e eu apenas com meus fones de ouvido, na janela, esperando a partida do carro, observando as gotinhas de água descerem no vidro.


Está tocando uma música agitada, mas eu não sei mais distinguir o que é melodia, o que é voz. Eu não estou prestando atenção em nada, porque você atravessa do outro lado correndo pra chegar até um carro e não se molhar. Você pula um buraco e de repente para. Se lembra de alguma coisa e olha pra trás procurando alguém.

EU.

Assim que seus olhos encontram os meus você anda na direção do carro onde estou. Tenta dizer algo, mas cá entre nós, não sou muito boa com linguagem labial. Desiste, abre o vidro, mas parece emperrado e eu não estou conseguindo ajudar com muita coisa. Você fecha os olhos, sentindo as gotas de água caindo pelo seu rosto, coloca a mão na janela do carro e depois abre um sorriso. Eu instintivamente coloco a minha mão sobre a sua no vidro e ficamos entre encarar as nossas mãos ou nos olhar.
Uma troca singela.
Um toque sem toque afinal.


O carro dá partida e atrapalha o que quer que estava acontecendo com a gente. Você sai correndo e gesticula um tchau com a mão que estava bem ali, comigo. E agora a minha está ali, sozinha, precisando de outra para se completar.

***

Dessa vez, uma manhã fria e chuvosa. Passo escutando música por entre os vidros da biblioteca. Não te vejo, porém sei que está ali. Fico absorvendo a melodia, só sentindo o efeito que tem em mim. Estou entretida, porém não evito reparar que você se aproximou da janela abriu um sorrisinho e depois deu meia volta para onde quer que estava... E a chuva começa a brinca comigo.

Quando não penso nele, o tempo abre. Quando sua imagem se forma em minha cabeça, fica nublado. Começo a pensar em cada lembrança em que você esteve, e começa a chuviscar. As memórias ficam densas, o dia de hoje vem na minha mente, e aí a chuva resolve engrossar cada vez mais, me forçando a pegar um guarda-chuva lilás.

Saio correndo pro carro na rua e faço o caminho de volta pro colégio. A cada gota de chuva na janela, um pensamento. A chuva começa a parar bem devagar e acho que não vou precisar da sombrinha, mas assim que coloco o pé na escola, gotas batem na minha testa avisando que vou me molhar. Desço a rampa, abro a sombrinha e vejo você fazendo o mesmo caminho, logo à frente, se molhando um pouquinho.

Você está com um casaco azul.
Por que não coloca o capuz? 
Abro minha boca para dizer algo quando você dá meia volta num segundo e se mete dentro do meu guarda-chuva. Você vai segurando-o até o final da rampa e ficamos implicando um ao outro. Você mais que eu, usando a chuva para lembrar o quanto sou baixinha. Chegamos na marquise, você insiste em levar o guarda-chuva e que ainda tem gotas caindo do céu. Te empurro na chuva e ali você fica, andando igual bobo com o MEU guarda-chuva.

O limite da sua companhia chega, você me devolve o que é meu e eu provoco um "de nada". Vou pra minha sala e mesmo pensando muito em alguém, a chuva vai parando devagar até que dê espaço para o sol aparecer outra vez. Fico desejando que quando eu for embora uma chuva torrencial caia só para que aquele momento se repita.


Não tenho controle sobre a chuva e ela realmente não conhece meus sentimentos. Mesmo assim, ainda queria que chovesse por mais 363 dias. Faça chuva, faça sol, um dia nublado, ou um arco íris lindo cortando o céu, eu vou me lembrar do dia do guarda-chuva e ficar esperando outro em que o tempo fique a meu favor, para poder sentir outra vez o efeito que o garoto do casaco azul tem sobre mim e ficar delirando se a garota do guarda-chuva lilás tem algum sobre ele.



segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Aperte o play das palavras com... Um Ano Inesquecível




Oi gente!  Tudo bem com vocês?
Hoje vou começar uma nova coluna no blog. Pra quem não sabe, eu amo música e amo escutar a trilha sonora dos livros ou as músicas que são levemente citadas nas histórias que leio. Quando os capítulos começam com uma letra de uma música, eu me sinto ainda mais ligada à história. Antigamente eu não conseguia me concentrar em um livro escutando alguma melodia, mas há um bom tempo que essas trilhas sonoras fizeram com que o mundo que imagino quando leio seja ainda mais real.  
Em aperte o play das palavras, eu vou listar pra vocês as músicas que são citadas em livros, a trilha sonora própria feita pelos autores ou até mesmo algumas músicas que combinavam tanto com a história que eu acabei escutando enquanto estava lendo. 
O primeiro livro será o Um Ano Inesquecível, da Paula, Babi,  Thalita e Bruna. Quatro estações, quatro enredos, quatro romances fofos e quatro diferentes melodias para se sentir dentro das histórias. Dentro de um friozinho gostoso, um outono marcante, uma primavera cheia de cores e um verão ensolarado. 
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Enquanto a neve cair - Paula Pimenta



A autora já havia dito que a música que a ajudou a escrever o conto foi Winter Song da Sara Bareilles, mas não só essa música da cantora como também Love Song me acompanharam no romance fofo da Mabel e do Ben. 
E como todo leitor cria uma imagem dos personagens na cabeça... Na cabeça da Paula o Ben é a cara do Tanner Patrick, um youtuber que faz uns covers maravilhosos na internet e que claro, acompanho até hoje, pois me apaixonei pela voz dele. Stereo Hearts acabou se tornando música de fundo pra leitura também.



O Som dos Sentimentos - Babi Dewet



O título do conto já diz tudo né?
Babi Dewet + histórias é sinônimo de muuuuuuuita música. The Beatles é claro aparece em disparada porque nosso querido protagonista João Paulo tem o nome em homenagem a Paul McCartney e John Lennon! Além é claro de Anna Julia dos Los Hermanos para felicidade de todas as meninas com esse nome incluindo a protagonista.
Thinking out loud é o tema amorzinho do casal e esse foi meu conto favorito por diversas razões. A Babi tem um jeito único em terceira pessoa de te tocar com as palavras e ainda têm essas referências musicais maravilhosas, como não se apaixonar por esse outono?

Outras músicas:
Something's Gotta Give - All time low
If I lose myself - OneRepublic
Ruas de outono - Gal Costa



A Matemática das Flores - Bruna Vieira


No conto da Bruna, a música também tem sua participação na história, tanto na vida da Jasmine, a protagonista, quanto no momento em que ela conhece o carinha por quem vai cair de amores. Ela também tem uma playlist só das meninas do Fifth Harmony, donas de hinos como Worth it e Work from home, e claro que tem sempre aquelas músicas que conhecemos, mas não sabemos nem o nome ou quem canta. Foi o que aconteceu com More Than Words do Extreme. Eu que achava que não conhecia essa música, foi só colocar no Spotify que quando a melodia começou eu reconheci na hora. "Já escutei essa música em algum lugar."



Amor de Carnaval - Thalita Rebouças 



Thalita Rebouças tinha que colocar uns referências totalmente brasileiras né não? Citações desde Clarice Falcão a Marcelo Jeneci. Além de músicas antigas e outras no clima do Carnaval, porque o verão da Thalita vai falar de um amor passado nessa época de arrasar o coração.
Também há citações de músicas antigas, como Pela luz dos olhos teus de Tom Jobim, e Carinhoso de Pixinguinha. Quando falamos de Thalita Rebouças também temos surpresas, e não é que a danada compôs outro verso para uma de suas histórias? Encalhada é o hit de uma das personagens da história, que você só vai poder vera letra se ler o conto ;)


xoxo