sábado, 3 de janeiro de 2015

Resenha: Os Instrumentos Mortais - Cidade dos Ossos

   

Título Original: City of Bones
Autora: Cassandra Clare
Editora: Galera Record
Páginas: 459
ISBN: 9788501087140


     Uma garota "normal" de Nova York vê sua vida mudar repentinamente e não foi por causa do acidente que matou seu pai ou do amigo de sua mãe, Luke que passa a conviver com elas. Clarissa Fray ou Clary presencia um assassinato em uma boate, o Pandemônio, onde estava se divertindo com seu amigo Simon. O problema é que Clary foi a única a poder ver essas pessoas. A partir daí , a mãe da menina some e antes do acontecimento liga para a menina com um recado: que ela não voltasse para casa e contasse a Luke que ele encontrou Jocelyn. Quem seria?
     Mas o amigo da mãe de Clary também não quer saber dela, então a menina corre para casa, para socorrer a mãe e um demônio Ravener a ataca. Ela consegue matá-lo mas acaba desmaiando. Jace, o garoto assassino da boate a leva para sua casa, o Instituto, onde Hodge, mentor de Jace tenta ajudar Clary a entender tudo que aconteceu com ela. Inclusive a existência de um Submundo, onde a mãe dela foi uma Caçadora de Sombras. Aqueles que matam demônios, com marcas pelo corpo que ajudam com poderes, como cura. O que mais a surpreende é que ela não só puxou o talento de desenhista da mãe, mas também que ela tem sangue de Caçadora correndo pelas veias e mais do que nunca, tenta encontrar a mãe desaparecida com a ajuda de Jace, o loiro bonitão e Alec e Isabelle os irmãos Lightwood. Além de Simon, claro, que entra de cabeça no novo mundo da amiga.
     Não achei a Clary forte em algum sentido. Claro, como ela vai dar conta de matar um demônio se nunca treinou para isso? Talvez porque ela só tenha 15/16 anos(ela faz aniversário dentro do livro e até que eu gostei da "festinha" hahaha) ou talvez ela seja sem atitude mesmo. No entanto, possui um jeitinho que eu gostei, uma luz no fim do túnel para o estrago que ela é em si. Ainda quero desvendar Clary junto com todos os segredos que surgem ao final do livro.
     A parte cômica fica por conta de um certinho e um badboy: Simon e Jace. Mesmo que os diálogos sarcásticos do Caçador não sejam propícios para risos, eu me deliciava com as cenas.


"-Infelizmente, Dama dos Refugiados, meu único e verdadeiro amor permanece sendo eu mesmo.
Dorothea sorriu desdenhosamente ao ouvir isso.
-Pelo menos - ela disse -, você não precisa se preocupar com rejeição, Jace Wayland.
-Não necessariamente. Eu mesmo às vezes me dispenso, só para manter as coisas interessantes."



     Isabelle é uma caçadora bem astuciosa e não é a toa que Simon "dá em cima dela". Tem coisa nisso aí, muito além do que eu pensava. Alec é um tanto quanto chato e covarde, ele não gosta da Clary e só almeja uma coisa:

Que não vou contar porque é spoiler HA!

     Clary ainda tem uma vizinha bruxa, Dorothea, que os ajudam a encontrar a mãe e desvendar todo o mistério ao redor dos Instrumentos Mortais: o espelho, a espada e o cálice mortal, que ele procura. O cálice tem o poder de manter os os Caçadores de Sombras, uma raça que está desaparecendo.
     Eu nunca tinha houvido falar do livro, mas só ouvia elogios à Cassandra Clare. A história é narrada em terceira pessoa, então podemos ver todos os detalhes das personagens. Mas no início, a narrativa não me conquistou tanto. Só no meio do livro que fui me interessar mais pelos fatos que ainda seriam revelados ao longo dos outros CINCO livros! Por isso demorei tanto para ler. Ele empacou na minha estante e na lateral do blog em Na Minha Cabeceira. Vou ler os outros livros um pouco receosa, se vou jogá-los pela janela ou largá-los por aí.
     Na verdade, a diagramação do livro não me ajudou muito. Não sei se foi só a minha edição, mas estava toda bagunçada. Dos travessões fora do lugar à confusão de descobrir de quem aquela fala pertencia. Essa foi a  minha primeira impressão sobre o livro.
     No fim das contas, descobri que estou acostumada aos livros de romance e seus derivados. Fantasia, suspense, demônio... Só lendo Cidade das Cinzas para eu descobrir se entro nesse Submundo definitivamente. E ele nos mostra que não nos conhecemos direito e de que a mentira sobre quem somos de verdade pode ser devastadora.





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