Oi galera, tudo bem?
Fiquei sabendo que tinha um alguém aí louco pra saber quem atirou na Clari, então não deixem de ler a penúltima parte! Espero que algumas coisas sejam resolvidas pra vocês! Quem quiser ler a primeira e segunda partes clique nos links.
Capítulo 3
Eu nunca tinha sentido qualquer dor parecida antes. É como se uma
seringa cortasse meus músculos de dentro pra fora e ao mesmo tempo uma faca
estivesse me picando em vários pedaços numa única direção. É suportável, porque
você apaga no instante seguinte, mas horroroso quando você sabe que vai ser
difícil acordar com todos os pesadelos que vem pela frente. O que você pensa
que foram vários sonhos é um piscar de olhos para as pessoas que estão
acordadas no seu mundo.
Não passaram de quatro dias e uma saga inteira na minha cabeça. Quatro
dias. Foi o que eu escutei da boca do médico que estava conversando com o meu
pai e o Bernardo. Eu sei que eles estão
aqui, mesmo com meus olhos fechados. Eles não sairiam daqui. Sou forte e começo
a abrir meus olhos, porque quero saber quem atirou em mim. O que eu fiz para
merecer isso?
Minha visão está embaçada, mas vejo claramente meu pai chorando e um
sorriso surgindo na face do meu irmão. É incrível como sua expressão muda, com
uma simples ação minha. Quando eu olho para ele, vejo aquele menininho que
escondido, me viu tocar piano pela primeira vez, aos dez anos. Vejo meu melhor
amigo, que nunca me deixou entrar em seu quarto. E vejo também o garoto que
ainda vai me dar uma cunhada para rirmos juntas da vida e compartilharmos
receitas e truques com os maridos. Veja no que estou pensando. E nem estou com
idade para casar nem nada. Isso me faz pensar em outra coisa: Eric. Ele com
certeza estaria aqui também, mas acho que a... UTI, não permite entrada de
outros senão da família. Unidade de Tratamento Intensivo. Onde vim parar?
Me lembro que com seis anos, engoli uma palheta do papai e precisei vir
ao hospital. Fiz raio X e vários exames que doeram muito. Nunca gostei de
agulha e sorte a minha de, agora, ter ficado sonhando esse tempo todo para não
“sentir” minha cirurgia. Porque claro, eu vi muito sangue saindo de mim e a
bala provavelmente se alojou dentro do meu corpo e precisou ser retirada. Já
com a palheta do papai, eu só adormeci e sonhei com pequenas dores. Efeitos da
anestesia geral. Eu não sabia direito das coisas e meu pai só me disse que eu
estava com um amiguinho dentro de mim e que eu precisava resgatá-lo. Só pedi
uma coisa para ele.
“Papai, quando ele sair, posso ficar com ele?” Meu pai morreu de rir e
só me pediu mais uma coisa em troca. “Só se você prometer que não vai comer
ele.” Ao que eu respondi. “Claro papai, que ideia, comer meu amiguinho.” E
corri pro meu pequeno cafofo, chamado de apartamento. A salinha de preparar,
antes de ir para a de cirurgia. Eu era só uma criancinha, que com o amigo que
iria ganhar, não fiquei com medo de mais nada. E dessa vez, eu, de alguma
forma, sentia que receberia um amigo. Mais do que um amigo na verdade. O meu
amor. O Eric vai vir. Eu sei que vai. Procuro instintivamente por algo, passando a
mão pelo meu pescoço. A correntinha com a palheta com o nome do meu pai – o meu
amiguinho - e um pingente de coração. Um presente do Eric, que nunca me fará
esquecê-lo.
* * *
“A gente pode conversar filha?” Perguntou o meu pai naquela noite.
Depois que eu acordei, o médico recomendou uma refeição simples e uma coleta de
sangue amanhã de manhã. Ele pediu o resultado com urgência, para que eu possa
voltar pra casa daqui a dois dias. Infecções hospitalares são mais perigosas do
que o verdadeiro motivo de você estar se tratando num hospital. O médico disse
que eu tive sorte e como já estou me recuperando bem, e ele vai se certificar
com o exame de sangue, eu posso ir para casa. E essa noite, ainda tenho que
ficar aqui. Só a Magri apareceu. E não deixaram ela entrar. Eu precisava tanto
de uma amiga agora... Cadê a Nicole? Ela não tomou um tiro. Eu acho. Mas meu
pai pode esclarecer muitas coisas pra mim agora, que estou lúcida e acordada.
Ele sabe que vou querer respostas. Inclusive do Eric. Mesmo meu coração dizendo
que ele está vindo.
A cabeça ainda está com a fala da Nic: Se bem que eu acho que depois de ontem, ele
não vem nunca mais." O que ela quis dizer com isso?
“Claro,
pai. Eu não vou sair por agora mesmo.” Respondi colocando um sorriso no rosto
dele e mais um no do Bernardo, que veio com ele. Os dois se sentam na minha
frente.
***
“Esperem aí. Deixa eu ver se entendi. O Bernardo não é meu irmão. Ele é
filho daquela mulher, só que você resolveu criá-lo?”
“Clari, ela era minha melhor amiga no colégio. Não tinha condições de
criar um filho e quando a vi roubando de uma loja de bebês, quis ajudar. Ela me
perguntou então se eu estava mesmo disposto e me entregou a criança. Nunca mais
a vi. Há dez anos vi uma notícia num jornal sobre um acidente de carro. O
Bernardo reconheceu a moça de algum lugar e tive que contar a história toda,
mesmo ele tendo só sete anos.” Meu pai não parou de se explicar e lágrimas de
raiva começaram a descer pelo meu rosto. Por que mentiram para mim?
“Clari, eu me remoía, dia e noite. Sem poder te contar, encostar em
você” Bê começou e passou a mão pelo meu rosto e me esquivei. “Você sabe o que
eu sinto e o que eu sempre quis. Nunca apareci com uma namorada porque ela
estava dentro da minha casa e de repente ela aparece com um. Eu sofri tanto...”
Ele começou a chorar, abrindo seu coração para mim, assim, sem mais nem menos
na frente do meu pai.
“Por que esconderam isso de mim? Era o correto a se fazer?” Eu
perguntei, olhando para o Sr. Cadu, e ignorei as palavras do Bernardo. O que ele
queria? Se declarar? “Filha, eu estava tão feliz como uma família que
simplesmente convenci o Bernardo a contar a você só mais tarde, com uns quinze
anos talvez. Eu estava inseguro com os sentimentos que ele tinha de você e
sobre o que isso te afetaria... Eu não queria perder um filho, não assim... Daí
ele concordou e quando a gente resolveu contar, o Eric apareceu e você estava
tão feliz que aí o Bernardo desanimou e me fez prometer que nós nunca
contaríamos. Mas isso tudo aconteceu e se a gente tivesse te perdido, não nos
perdoaríamos por você ter ido embora sem saber da verdade.”
“Tá. Vocês escolheram essa opção, então que seja. Se eu me der ao luxo
de não conversar com vocês mais vou ficar sem pai e sem irmão. Perdoo vocês.
Até porque ganhei um membro a mais” Tentei sorrir um pouco, mas pulei todas as
outras partes e fui direto ao ponto: “Quem fez isso comigo, é o que eu quero
mesmo saber.” Bernardo ficou meio contrariado, querendo conversar comigo, eu
sei, mas... Eu tinha que saber não é? “Bê, depois a gente conversa.” Eu disse
pegando sua mão.
“Fui eu.” De repente, tiro minha mão da dele e levo ao coração. Aquela
voz... Mas eles não tinham deixado ninguém entrar... Como que a... Jennifer
veio parar aqui?
“Pai, Bernardo... Deixe a gente sozinhas, por favor.” Os dois saíram e
Jenn veio me abraçar. Mesmo com um sentimento de culpa, que vi em seus olhos,
ela estava com saudade de mim, e era recíproco. “Que saudade eu estava de você
garota.” Ela riu e disse “Depois do que vou te contar, você não vai ficar tão
feliz assim.”
“Então conte. Sem rodeios. Estou pronta.”
“Tudo bem. Então lá vai. Você
sabe que eu sempre fui apaixonada pelo Felipe desde o dia em que eu o ajudei
num trabalho da escola e nós nos beijamos e tudo o mais. Você sabe da história
toda, claro. Só que a nossa amiga Nicole, sempre invejou a felicidade alheia e
roubou ele de mim. Naquela festa que os pais dela deram e eu resolvi levá-lo. Vi
os dois aos beijos dentro do quarto dela. Quando eu ia chamá-la para conversar
com você no telefone, já que a senhorita não foi por causa do pequeno acidente
do seu irmão.” Ela fez uma pausa e eu me lembrei desse dia como qualquer outro
e foi com essa lembrança que eu gritei BURRA para mim mesma. Naquele dia, o
Bernardo tinha sido atropelado de bicicleta por um carro e eu cuidei dele por
toda a noite, na sala. O hospital estava cheio e o papai preferiu levá-lo para
casa, já que não era algo tão grave assim. Só foi um susto e uma torção.
Naquela noite, preferi ficar com ele do que ir numa festa que só teria gente
mais velha, toquei para ele e contei várias histórias de princesas que eu
sabia. Ele tinha 15 anos, mas me adorava ouvir falar. Foi aí que eu acabei
adormecendo no sofá, junto com ele e no dia seguinte o papai tirou uma foto de
nós dois agarradinhos, dormindo, antes de ir para a igreja, como sempre faz nos
domingos. Ele mostrou pra gente depois. Eu pensei que tivesse sonhado, mas
agora vejo que não. Fui acordada com um beijo. Que eu me lembre, correspondi,
mas como achei que era sonho, logo me virei para o outro lado e simplesmente
apaguei. Não tive mais sonho nenhum parecido com esse. Quando eu acordei, o
Bernardo estava fazendo carinho em mim e eu dei um beijo na bochecha dele, de
bom dia, e fui fazer o café. Ele ficou o dia todo muito feliz e eu nunca
entendi. Aquele foi o único dia em que o vi radiante. E eu fiquei um pouquinho
por dentro, pois tinha sonhado com um beijo tão gostoso... Que daria tudo para
voltar a tê-lo... Agora eu sabia, não era sonho e sim realidade. Eu poderia ter
tido ela a qualquer instante. Como eu sou burra. O Bernardo deu sinais de me
amar como mulher e eu nunca percebi, mas será que eu... O amava e não sabia?
Jennifer voltou a falar e esse pensamento saiu da minha cabeça “Aquilo doeu
muito, e mais ainda porque o meu Felipe estava amarrado na cama dela. Que tipo
de garota de quinze anos faz isso? Bom, talvez aquelas que queiram ser mães,
sei lá. Eu saí correndo dali e na segunda-feira briguei feio com a Nicole. Eu
conversei com o Felipe e disse que a gente daria um tempo de qualquer jeito,
pois eu iria embora para o nordeste. Eu não disse nada a você com medo de me
achar ridícula e queria que você descobrisse quem era a nossa amiga de verdade,
sozinha. Mas por outro lado, eu quis muito te avisar que ela poderia te
arrancar o seu primeiro namorado. Porque eu já tinha visto os olhares do Eric para
você. Depois que fui embora, fiquei sabendo que o Felipe estava com o Nic de
verdade e meu coração se despedaçou. Eu nunca imaginaria que ele ficaria com
ela de verdade. Mas pouco tempo depois eu fiquei sabendo de uma queda de avião.
Um jato, para ser mais exata. A Nicole fez o meu amor acreditar que o ajudaria
para me reconquistar, mas quando ela viu que ele a rejeitava, resolveu matá-lo.
Fiquei pensando num jeito de me vingar, pois meu coração morreu junto com o
Felipe. Eu não tinha motivos para sorrir, caminhar, andar, comer ou amar de
novo. Vi no site do colégio que haveria a apresentação de vocês de fim de ano e
meus pais deixaram eu vir. Peguei uma arma do meu pai na casa da minha avó,
aqui em BH, uma das que ele tinha escondida, por segurança e vim para o
colégio. A bala era para ter acertado a Nicole. Não você. Sinto muito. Muito
mesmo. Eu nem sabia o que estava fazendo.” Ela terminou de dizer, com muitas
lágrimas nos olhos e eu somente disse:
“Jenn, eu te amo.” Abracei-a e terminei minhas palavras. “Ainda bem que
ninguém morreu com esse incidente e eu te desculpo. Nem acredito que ela fez
isso com você. Temos que contar ao pai dela pelo menos, já que você não deve
ter provas.”
“Vamos fazer isso sim.” Ela disse chorosa. “Ah, e mais uma coisa, vou
retirar a queixa contra você. Ninguém merece ir pra uma faculdade com a ficha
suja.” Eu brinquei com ela. “Jenn, só mais uma coisa, você viu o Eric na
apresentação?”
“Ele estava deslumbrante como sempre, desculpa eu falar assim, mas ele é
um gato mesmo. Hahahaha. Ele tentou entrar aqui algumas vezes, assim como eu.
Mas foi embora. Não o vi mais. Quer dizer, exceto pela parte que ele está
acampado lá fora até você sair.” Ela disse de um jeito romântico. “Sério?” Eu
perguntei. “Você pode entregar um bilhete pra ele?”
“Claro!”
***
“Você poderá ir
embora à tarde, Clarice. Volto, depois do almoço para dar as últimas
checagens.” Disse o médico que estava cuidando de mim desde que eu cheguei, há
uma semana. O meu pai tinha ido dormir em casa e o Bernardo passou a noite toda
comigo, mas sem beijos. Eu tentei dormir o máximo que pude, para evitar A conversa, mas assim que o doutor saiu
e ele entrou com uma pasta, eu soube que não poderia fugir mais.
“Parece que a
Clari vai finalmente embora!” Graças ao bom Deus, pensei comigo mesma. Mas
apenas sorri. Eu sabia que ele ia começar a qualquer momento, então apenas
respirei profundamente e ele começou.
“Você sabe o que é
amar sua suposta irmã por mais de dez anos e não poder contar a ela? Clari, eu
sofri tanto... Por dois motivos: você não saber o que eu sentia e eu não poder
contar, porque certamente se não tivéssemos o Eric no meio disso tudo, você me
amaria, não é?”
“Não coloque o
Eric no meio, por favor.” Eu disse calma.
“Tudo bem, mas
apenas veja isso.“ Ele me entregou uma pasta e ficou esperando eu abrir.
Resolvi fazer isso logo de uma vez e me deparei com vários desenhos... De mim!
Do meu corpo, do meu rosto, meus cabelos, meus... Tá, deixa pra lá. Eu não
entendi onde ele queria chegar, mas continuou “Clari, meu amor, será que você
não entende? Eu fui feito pra você e você pra mim. Eu sei que você me ama. Não
vai me dizer que não sentiu nada com o beijo que eu te dei dois anos atrás? E
que você fingiu nada ter acontecido? Que você não sente nada por mim?”
“Nós somos
irmãos...” Eu disse, já chorando. “E eu... Amo o Eric” Essa foi a parte mais
difícil de se dizer, pois os homens são fracos perante isso. E era realmente
verdade. Como eu iria amar o Bê do jeito que ele espera se o meu coração é de
outro homem? Ele vai achar outra garota, eu sei. É só um amor platônico. Não
posso perder o MEU amor.
“Olha, Clari, eu
sei que você está confusa, mas o papai só chega na hora do almoço por causa do
trabalho” Eu parei de chorar e percebi que ele ainda chamava o “Sr. Cadu”
assim. De pai. “Enfermeira nenhuma vem aqui agora, seu médico acabou de sair
daqui e ninguém mais é autorizado a vir pra cá”
“Onde você está
querendo chegar?” Eu perguntei e já estava sentada na cama de frente para a
cadeira onde ele estava se sentando. Não tinha mais nenhum fio conectado a mim
e o soro já havia sido retirado. “O que eu quero dizer é que eu vou fazer você
se lembrar que sempre me amou.” E num impulso, nós já estávamos na minha cama
onde dormi durante toda minha “estadia no hospital”. Não vi como nós chegamos a
esse ponto, mas só me lembro dele começar a me beijar e eu o conduzir para a
cama. Espera aí. Eu? Bom, eu correspondi o beijo e ficamos ali. Se eu sentia
alguma coisa? Desespero, angústia, paixão, amor? Não. Realmente não.
Continuei beijando
o Bernardo como se fosse a última coisa que eu faria na vida, mas a minha
cabeça estava pensando em outra coisa. Me lembrei do meu primeiro beijo com o
Eric. Na festa da casa dele. Fui pegar refri e nos esbarramos. Foi proposital,
pois ele disse que queria me beijar naquela noite. O beijo foi com tanto
carinho que ali mesmo me vi apaixonada por ele. Depois desse, vieram muitos
outros e à medida que nosso namoro ficava sério, nossos beijos também ficavam
sérios. Ele começou a me beijar com mais paixão e amor, muito diferente daquilo
que o Bê estava fazendo. A forma com que o Eric me beijava era bem distante do
Bernardo e eu soube. Eu estava certa. Amor nós só sentimos uma vez. Eu
encontrei-o mais cedo, só não vou deixar escapar. Atração, é a toda hora e a
todo minuto. Era isso o que eu estava sentindo ali agora. Uma baita atração
pelo meu “ex-irmão”.
Empurrei-o para
fora da cama e ele tomou cuidado para não cair dela. Olhou pra mim com um ar de
vencedor e disse: “Tá vendo? Eu estava certo. Você me ama.” O Bernardo
enlouqueceu ou foi só impressão minha? Eu queria muito dizer que ele estava
errado, mas nenhuma palavra quis sair da minha boca. Me vi hipnotizada pelo
homem lindo que estava parado bem no meu “quarto de hospital”, mas resolvi
deixar as coisas bem claras de uma vez. Respirei e fui em frente. Apesar de
algumas dores que começaram a surgir da minha cirurgia, depois de toda essa
adrenalina.
“Por mais que eu
sinta uma atração muito forte por você. Isso não basta pra mim. Não é amor e eu
NÃO te amo desse jeito que você espera. Espero que entenda. Ainda é um irmão
pra mim e vai achar uma garota muito especial pra você. Você sabe quem eu amo e
não vou deixar o seu amor platônico estragar tudo. Veja o que fizemos. Eu
estava traindo o homem da minha vida. Bernardo, eu te amo como irmã e amiga,
mas não do jeito que você espera. Qualquer garota normal diria ‘sinto muito’,
mas não vou fazer isso.”
Ele não estava
entendendo nada, comecei a ler uma revista e olhei para seu semblante triste,
tão diferente dos últimos minutos. “Ah, Bê. Você não precisa esperar muito,
pois o amor vai aparecer de verdade e de repente pra você.” Eu me levantei e
fui dar um abraço nele e de repente a porta se abriu.
“Clari, o príncipe
encantado conseguiu invadir o castelo e está aqui para ver a princesa!”
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