segunda-feira, 20 de julho de 2015

[Resenha] A Lista Negra

Oi pessoal, tudo bem?
Como estão de férias?
E pra quem não está de férias, como vai a vida?
Hoje a resenha é de um livro que quem não leu, vá correndo a livraria mais próxima, porque esse aqui é leitura obrigatória na certa! Ele mexeu muito comigo e tenho certeza que quem já leu, vai entender todos os sentimentos que passamos com ele...



Título: A Lista Negra
Autora: Jennifer Brown
Editora: Gutenberg
Páginas: 272
ISBN: 97885653831100
Sinopse: E se você desejasse a morte de uma pessoa e isso acontecesse? E se o assassino fosse alguém que você ama? O namorado de Valerie Leftman, Nick Levil, abriu fogo contra vários alunos na cantina da escola em que estudavam. Atingida ao tentar detê-lo, Valerie também acaba salvando a vida de uma colega que a maltratava, mas é responsabilizada pela tragédia por causa da lista que ajudou a criar. A lista com o nome dos estudantes que praticavam bullying contra os dois. A lista que ele usou para escolher seus alvos. Agora, ainda se recuperando do ferimento e do trauma, Val é forçada a enfrentar uma dura realidade ao voltar para a escola para terminar o Ensino Médio. Assombrada pela lembrança do namorado, que ainda ama, passando por problemas de relacionamento com a família, com os ex-amigos e a garota a quem salvou, Val deve enfrentar seus fantasmas e encontrar seu papel nessa história em que todos são, ao mesmo tempo, responsáveis e vítimas. A Lista Negra, de Jennifer Brown, é um romance instigante, que toca o leitor; leitura obrigatória, profunda e comovente. Um livro sobre bullying praticado dentro das escolas que provoca reflexões sobre as atitudes, responsabilidades e, principalmente, sobre o comportamento humano. Enfim, uma bela história sobre auto-conhecimento e o perdão.





          Valerie é uma adolescente que com o passar do tempo, no Colégio Garvin, percebe que não se encaixa na galera, mesmo tendo uma melhor amiga e um grupinho pra andar. Numa aula de álgebra, ela conhece Nick Levil, um adolescente com um estilo peculiar, magrelo, livre e com um ar de "não estou nem aí", assim como é descrito por Val. Os dois se apaixonam e começam a namorar, mas Valerie tem certeza mesmo do que sente quando ela vai pela primeira vez na casa do garoto e ele se revela um shakesperiano nato. Fã dos livros de William Shakespeare, como Hamlet, ele lê e recita pra Val. Quem não ficaria derretida por um garoto que lê literatura clássica?
          Mas tudo começou exatamente naquela aula de álgebra...
          As coisas nunca foram maravilhosas na vida de Val, então tudo aquilo que a irritava ou ela odiava, a garota escrevia num caderno, a lista negra. Nick passou a ajudá-la com coisas fúteis como aula de álgebra, o dever de casa... Mas aos poucos as pessoas começaram a fazer bullying com eles. BULLYING. E aí a lista começou a encher de verdade e um dia Nick resolveu acabar logo com isso. Ele que sempre levava a sério o caderno, acabou provocando um massacre no colégio... Marcando o dia de todos... Pois muitos morreram, inclusive Nick. Que depois de atirar na própria namorada, que tinha se colocado na frente de Jessica Campbell para que Nick não a matasse e Val tentasse fazê-lo parar, ele voltou a arma para si mesmo e se tornou não só o culpado daquilo tudo, mas também uma vítima.



Foto: psychoblondies.com

          Eu ouvi falar sobre o livro, pela primeira vez no canal da Pâm Gonçalves e sempre fiquei curiosa, pois ela fala muito bem do livro. Matei minha curiosidade e o comprei. Todos os livros da Gutenberg que li até hoje tem uma diagramação impecável. O livro é dividido em quatro partes e cada capítulo tem um símbolo diferente como um alvo, uma estrela, raio ou uma caveira. E há alguns também que começam com uma notícia do Jornal Tribuna de Garvin, falando sobre o massacre, cada notícia falando de uma vítima, morta ou viva e as sequelas que aquele dia deixou para cada pessoa.
          O livro é narrado pela Valerie e do início ao fim meu coração ficou apertado com a visão dela sobre o atentado, a notícia da morte do namorado e a volta pra escola. Sim ela volta e faz terapia também. Os amigos dela não querem mais saber dela e quem começa a dar o ar da graça de fazer companhia pra ela é a própria Jessica, a menina quem Valeria salvou naquele dia.
          As duas começam a desenvolver uma amizade um pouco conturbada, marcada pelas consequências da Lista Negra e vemos o renascimento da nossa protagonista. Como ela lida com os pais separados, o irmão no meio disso tudo, o bullying ainda presente (ela era chamada de Irmã da Morte) e a terapia. O Dr. Hieler a auxilia a voltar pra escola, a continuar a vida dela e a se enturmar de novo, já que uma grande oportunidade passa por sua frente. Mas a culpa, a lista e de tudo que aconteceu ainda a assombra, mas ela substitui o caderno da lista por um outro tipo. Valerie passa a conviver com mudanças. Dentro dela.


"As pessoas más são aquelas que não dão uma segunda chance a você."  



          Mesmo com o Nick morto e eu própria me apaixonei pelo jeito dele só pelo modo com que a Val narrava os acontecimentos passados com ele. Eu senti que o Nick só precisava saber que não era só uma vítima ali, todos eram. Independente de quem comete bullying ou é alvo dele. Ele matou muita gente, porém muita gente o matou também. O livro inteiro a autora tenta discutir esse tema, de quem é vítima, quem é culpado e o final pra mim foi arrebatador nesse sentido, tanto é que de repente, arrancou uma chuva de lágrimas dos meus olhos.
          Outra personagem que se destacou pra mim, foi a mãe da Valerie, representando as mães de todo mundo. Que mesmo com uma certa pitada de dúvida, ela nunca desistiu da filha, quis que ela voltasse à vida.
          O livro é com certeza um dos melhores que já li! A escrita da Jennifer é muito prazerosa e você nem percebe o tempo passando e as páginas também.Quem gosta do tema, não pode deixar de ler esse livro e acho que todo mundo devia ler, pra entender o assunto, e ver que quando uma pessoa é diferente, nós não devemos julgá-la ou criarmos uma lista daquelas que odiamos, mas abraçá-la e entender que nesse mundo, somos todos iguais, em um sentido: em querer o bem mútuo, em sermos tratados todos iguais.


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