Um dia, em uma consulta de Iris,
irmã de Ian, em um consultório ginecológico, uma mulher o aborda enquanto está
esperando a irmã sair da sala e o convida para participar do Novos Pais,
pensando que é a sua namorada que está lá dentro. Ian acaba aceitando a
proposta, porém ele não tem namorada. Pensa em Emília, dá o nome da garota e
agora Ian tem a tarefa de convencê-la a participar, sem ao menos estar grávida.
A história é contada em 3ª pessoa
com uma linguagem fluída e muito divertida. Quando o Bruno divulgou a capa, eu
fiquei mega empolgada e curiosa quanto ao título. Ao decorrer da leitura,
quando descobri fiquei eufórica por essa única palavrinha se encaixar tanto no
enredo. A diagramação combina perfeitamente com o livro e a edição está linda,
com alguns errinhos de trocas de nomes de personagens.
Quando eu assisti a um vídeo do
Bruno sobre seu processo de escrita, fiquei admirada com a animação e a
organização que ele teve para escrever cada cena. O Ian me conquistou do início
ao fim com sua determinação em participar do reality e ser responsável por
qualquer consequência que pudesse surgir, porém ele estava confiante de que
nada iria acontecer. Apesar de o que eles estarem fazendo ser errado, enganar o
programa, eu senti que o Ian precisava tanto mudar de vida quanto crescer, e o
amadurecimento cada vez mais crescente dele ao longo do livro foi visível e me
agradou bastante.
Foto: Instagram (@bubarim) |
Iris foi minha personagem
queridinha no livro todo. Ela foi a verdadeira mãe do Ian e o apoiou
independente de tudo, pois ela percebeu que ele precisava crescer e sentir o
peso das decisões sozinho, porém mesmo segurando um filho no ventre, namorando
e eventos para cuidar de seu trabalho, ela estaria lá a qualquer momento para
ampará-lo.
Outras histórias de personagens
coadjuvantes como o Caio, garoto de 12 anos para quem o Ian dá aulas de tênis,
as gravações do reality e algumas poucas cenas na escola, foram fundamentais
para acrescentar mais emoção à essência do livro. As personagens não são só
feitas do enredo principal, mas de tudo que as rodeiam e transformam.
A Emília foi a única personagem
que não consegui me simpatizar. Além de egoísta, seca e sem ação, toda vez que
ela “entrave em cena” eu queria pelar as páginas para voltar para o Ian.
Todavia, eu amei a resolução da relação com a mãe dela e uma das poucas cenas
que a admirei foi no desfecho da história, quando ela deixou de ser uma simples
pecinha, para se tornar a Emília de verdade.
Azeitona é um livro denso por seu
conteúdo, mas leve para qualquer momento. Para quem gosta de temáticas de
reality, livros com mensagens para a vida, histórias muito além da sinopse ou o
fruto da oliveira, bem, esse livro é para você.
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