segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

[Resenha] Quase uma rockstar

Olá pessoas e leitores de Matthew Quick! A resenha de hoje é a minha primeira leitura da Maratona Literária. Estou no livro 3, ainda faltam três e tô sentindo que vou flopar bonito... Mas isso eu deixo pra contar pra vocês depois...


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Título:
Quase uma rockstar
 
Autor: Matthew Quick
Editora: Intríncesa
Páginas: 256
ISBN: 9788580576764
Sinopse: Amber Appleton tem dezessete anos, está no ensino médio e mora em um ônibus. Desde que o namorado da mãe as expulsou de casa, Amber, a mãe e Bobby Big Boy, o leal vira-lata da adolescente, estão acampados no Amarelão, o transporte escolar que a mãe de Amber dirige. Apesar de as coisas não estarem boas para o seu lado, Amber, que se autoproclama Princesa da Esperança, se recusa a desistir. Em vez disso, ela foca todas as energias em ajudar as pessoas à sua volta: incluem-se aí a mãe alcóolatra, os amigos estranhos e excluídos, o Padre Chee e as Divas Coreanas por Cristo, uma octogenária cega e pessimista e um veterano de guerra solitário que escreve haicais. Mas quando uma tragédia faz seu mundo desabar por completo, Amber não consegue mais enxergar a vida com os mesmos olhos. Será que no meio de tanta tristeza e sofrimento ela vai recuperar a esperança?





          Esse livro estava na minha wishlist há muito tempo, porém como eu não o comprava de jeito nenhum estava até pensando em tirar da lista. Foi aí que uma promoção na Saraiva me desconcertou, pois tinha esse livro na lista e não pensei duas vezes... Lá foi eu entrar no mundo sem volta do Matthew Quick.
          O livro narrado em primeira pessoa pela garota de 17 anos Amber Appleton vai contar a história da nossa protagonista que vive em um ônibus escolar, o Amarelão, com a mãe. O pai  as abandonou quando Amber ainda era uma menininha e desde então elas vêm pulando de casa em casa, de namorado em namorado da mãe, até que quando elas não tem mais casa para morar, são obrigadas a viverem no ônibus onde a mãe da Amber trabalha.
          Ela vive assim há meses, enrolada com um cobertor, meias e moletons com a companhia de seu fiel escudeiro, o cachorrinho Bobby Big Boy, sem que ninguém saiba. Ela vai para a escola normalmente e toda manhã ela passa na casa de Donna, a mãe de um de seus melhores amigos, ela é advogada, independente, mãe solteira e um amor de pessoa. Definitivamente, a fada madrinha dessa história toda. Amber cozinha para eles antes de ir pra escola e em troca de todo esse afeto, Donna a deixa utilizar o banheiro, ter um armário com alguns produtinhos só seus, sem saber que essa menina tão afetuosa mora em um ônibus...
          Na escola, Amber é a líder da Federação Ferrenha do Frank, um grupinho, dela e de mais quatro garotos que se uniram quando uma professora os colocaram na mesma sala para passarem o tempo juntos. A partir daí eles ficaram amigos e começaram a participar do clube de marketing do professor Frank.


          Eu não estava empolgada com a história e nem com as expectativas altas. Eu não sabia o que esperar, porque definitivamente não tinha ouvido ninguém comentar sobre Quase Uma Rockstar. Quebrei a cara, chorei como uma criança, fiquei chocada com a simplicidade do autor em contar uma história dessas e estou carregando o peso desse livro tão pequeno na minha alma.
          Eu não consegui odiar nenhum personagem, todos me cativaram e mesmo aqueles com a índole ruim eu consegui me apaixonar (exceto os criminosos, claro). O que eu mais gostei nesse livro foi a escolha do Matthew Quick para o título e tudo o que vem por trás dele. Eu queria muito poder discutir isso com vocês, mas seria um spoiler para quem não leu o livro.
          A Amber faz trabalho voluntário, em um igreja e em uma casa de repouso. Na igreja, ela ensina inglês para um grupo de coreanas que seguem Cristo, as Divas Coreanas Por Cristo, e mesmo não sendo da Coreia, a Amber também se considera uma DCPV. Com os queridos velhinhos, ela faz das quartas-feiras uma tarde de batalha, entre ela e a Joan das Antigas, uma senhora de idade, deficiente visual e que é a mais carrancuda do lugar, que tira a esperança das pessoas.

"Não importa quantas provas existam de que a vida não faz sentido, precisamos acreditar que sim, ela faz." - pág. 166


          Outro ponto que me surpreendeu bastante foi a Amber estar tão ligada a Jesus Cristo. Ela faz sua oração todas as noites, e reza para as pessoas também, tem um padre como amigo, e se interessou pelo Salvador porque o pai deu a ela uns livrinhos infantis contando a história Dele. E foi aí que eu entendi a razão da Amber existir e a razão do Matthew contar essa história linda.
          Às vezes, no meio do caminho, nós encontramos objetivos e somos resolutos em cumpri-los e alcança-los. Mas às vezes pedras são colocadas e nós perdemos e começamos a nos questionar a razão de estarmos aqui, agora, enquanto muitos não podem estar. Alguns não acreditam em Deus e outros questionam o porquê coisas ruins acontecem sempre, com um Deus ao nosso redor. E eu sou uma delas, que acredito e me questiono por quê certas coisas acontecem. Esse livro fez e ainda está fazendo com que eu perceba que há algo dentro de nós, esperança, perseverança e principalmente amor pelo próximo, que vai fazer com que nos encontremos e foquemos em nossos objetivos. É essa garra de querer alcançar algo que nos faz diferentes, nos faz "FAZER A DIFERENÇA" e perceber que se ainda estamos aqui, não somos iguais, temos alguma coisa de especial que precisa ser mostrada para o mundo. Quem muda o mundo são as pessoas e livros assim são realmente capazes de mudar as pessoas. Ele me mudou.
          Se você só quer ler mais uma história pegue esse livro, ele vai te ensinar que você está  aqui para fazer uma diferença e que ele não vai ser só mais um livro pra você. ;)

xoxo


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