sábado, 1 de novembro de 2014

Crônica: Abre-te Sésamo!

     Não sei para todo mundo que já andou de avião, mas para mim o melhor da viagem e de tudo é a vista da janela, ou seja, sentar-se na cadeira marcada e apreciar a maravilha durante toda a viagem. Claro que para quem passa mal não é bom, ou raramente vemos alguma coisa e sentar no corredor é melhor para ir ao banheiro e não ter que cutucar ninguém. Não adianta me falar nada, que a janelinha continua sendo meu lugar preferido.
     Só que semana passada aconteceu algo extremamente irritante comigo. Estava indo para a praia, fui de avião e acabei ficando com a 15D. Asa e corredor. Combinação explosiva. Do meu lado direito tinha um menininho com o pai. Ele não queria deixar a janelinha aberta de jeito nenhum, fazia o maior estardalhaço e só na aterrissagem da aeronave que ele pediu para o pai abrir. Deu vontade de falar (mas não sou mal educada): agora não precisa mais não, tá? 
     E do meu lado esquerdo uma moça que estava chorando antes do avião decolar, fechou por medo e não abriu nunca mais. Capaz da janela estar fechada até hoje...
     O caso é o seguinte: eu não tinha lugar para olhar. O que eu ia fazer? O teto não é um lugar charmoso. Então, minha única alternativa foi fechar os olhos e imaginar como estaria o tempo lá fora e os pequenos pedaços das cidades sobrevoadas. 
     A conclusão a que chego é que se as pessoas as fecham, as janelas não precisam estar nos aviões! Companhias aéreas, adquiram essa sugestão. É do quotidiano, já foi aplicada e possui até estudo concreto. Se não... Imagine-se na minha situação. Você com certeza não iria gostar. Pense no próximo ou então envocarei os poderes literários orientais e... Abre-te Sésamo! 

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